PRODUÇÃO DE TINTA COM RESÍDUOS DE CASCA DE LARANJA E POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS)

Autores

  • Gabriela Olsson Schneider UNISINOS
  • Paula Vieira Schwade UNISINOS
  • Cristiane Krause Santin UNISINOS
  • Tatiana Louise Avila de Campos Rocha UNISINOS

Resumo

O poliestireno expandido (EPS) é, na atualidade, um polímero amplamente utilizado em diversas aplicações. No entanto, sua reciclagem é relativamente pouco explorada e seu acúmulo representa significativo impacto ambiental. De maneira similar, os resíduos de casca de laranja da indústria de sucos no Brasil não têm todo o seu potencial explorado antes do descarte final. Como solução para o problema, propõe-se o desenvolvimento de uma tinta que aplica resíduos de EPS como base polimérica na composição de seu veículo para aplicação na construção civil e produção moveleira, com ênfase em superfícies de madeira. Tem-se como objetivo, portanto, selecionar a resina mais adequada à consequente dispersão de pigmentos. Para tanto, varia-se o tipo e a concentração de plastificante polimérico (borrachas termoplásticas ESBR, SIS, SBS e SEBS, bem como o óleo de soja epoxidado, ESBO), e utilizando solventes naturais, quais sejam o óleo essencial da casca de laranja e seu componente majoritário D-limoneno, como alternativas ao C9 aromático, amplamente utilizado na indústria. Fez-se a aplicação sobre superfícies de MDF e pau-marfim, e, em seguida, conduziu-se avaliações de elasticidade, aderência ao substrato e revestimento de superfície pelas resinas. Os resultados obtidos sugerem que ESBO e SEBS são compatíveis com os solventes naturais, o que torna possível substituir o solvente aromático pelas alternativas sem comprometer a viabilidade técnica e econômica do processo proposto.

Publicado

2017-08-20