INFLUÊNCIA DA INOCULAÇÃO E DA MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA CONSTANTE SOBRE A BIOMETANIZAÇÃO DA FRAÇÃO ORGÂNICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Autores

  • Fernanda Resende Vilela UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
  • André Luis Gomes Simões UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
  • Carolina Ibelli Bianco UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
  • Valdir Schalch UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Resumo

Diversos estudos têm discutido os aspectos que interferem no processo de biometanização, pois se deseja extrair o máximo proveito dessa tecnologia quanto ao tratamento de resíduos e à geração de energia renovável. A inoculação do sistema e a manutenção de temperatura constante são aspectos que podem contribuir para a redução do tempo de estabilização de resíduos sólidos orgânicos. A presente pesquisa analisou a influência de dois tipos de inóculos anaeróbios (lodo de esgoto sanitário e lodo granulado de avícola) e da manutenção da temperatura constante de 32 ºC sobre o desempenho de biometanizadores de 5 L, cujo substrato principal era a fração orgânica dos resíduos sólidos urbanos (FORSU). Três biometanizadores foram operados por 78 dias, em regime batelada, fase única e baixo teor de sólidos no afluente (entre 4 a 10%). Os tratamentos foram os seguintes: ETE 1 (preenchido com FORSU, lodo de esgoto sanitário e serragem - proporção de 3:1:1); ETE 2 (preenchido com FORSU, lodo de esgoto sanitário e serragem, proporção de 2:2:1) e DACAR (preenchido com FORSU, lodo granulado de avícola e serragem, proporção de 2:2:1). Após 78 dias de operação, constatou-se que o lodo de esgoto sanitário, quando presente na mesma proporção que a FORSU, favoreceu a degradação da matéria orgânica e a produção de metano se comparado aos demais tratamentos. 

Publicado

2016-06-17