RECICLAGEM DE RESÍDUO DE MÓDULOS FOTOVOLTAICOS: CARACTERIZAÇÃO DA SEPARAÇÃO ELETROSTÁTICA

Autores

  • Lucas Margarezzi Schmidt Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

O desenvolvimento de fontes renováveis de energia tem sido cada vez mais indispensável devido à preocupação com a possibilidade de danos irreversíveis à natureza causado pelo uso de combustíveis fósseis. Com a tecnologia fotovoltaica é possível transformar a luz solar em eletricidade sem a necessidade de outra forma de energia. Porém, células fotovoltaicas têm vida útil de 20-30 anos, e grande parte está atualmente virando resíduo de equipamentos eletroeletrônicos (REEE). Portanto, faz-se necessário desenvolver formas de reciclar este tipo de resíduo e avaliar o risco de seu descarte, já que são considerados resíduos perigosos devido a presença de chumbo em sua composição. O módulo fotovoltaico é basicamente composto por uma camada de um semicondutor posicionado entre camadas de vidro e polímeros, encapsulada por diversos materiais e filamentos metálicos. Neste trabalho optou-se por utilizar a separação eletrostática, que separa seus constituintes por propriedades elétricas. Assim, o uso do separador eletrostático como um processo de separação foi caracterizado com o objetivo de avaliar os materiais presentes. Primeiramente, o módulo foi moído e separado em compartimentos no separador eletrostático: condutor, misto e não-condutor. Para avaliar a quantidade de metais foi realizada digestão das amostras em ácido nítrico 63% e analisou-se por espectrometria de emissão óptica com plasma (ICP-OES). Analisou-se a quantidade de polímeros por diferença de massa, obtida através de queima controlada em forno elétrico. Já a concentração de silício analisou-se por difração de raios-X (DRX). Os resultados mostram que é possível quantificar os materiais de interesse como prata, cobre, silício e polímeros.

Biografia do Autor

Lucas Margarezzi Schmidt, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Lucas Margarezzi Schmidt¹ (mschmidt.lucas@gmail.com), Pablo Ribeiro Dias¹² (pablo.dias@ufrgs.br), Prof. Dr. Hugo Marcelo Veit¹ (hugo.veit@ufrgs.br)

1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Laboratório de Corrosão, Proteção e Reciclagem de Materiais

2 Faculty of Science and Engineering, Macquarie University

Publicado

2019-06-14