INFLUÊNCIA DA TRITURAÇÃO NO PROCESSO DE COMPOSTAGEM DESCENTRALIZADA DA FRAÇÃO ORGÂNICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES

Autores

  • Carolina Ibelli Bianco Escola de Engenharia de São Carlos/Universidade de São Paulo
  • Júlia Inforzato Guermandi Escola de Engenharia de São Carlos/Universidade de São Paulo
  • Valdir Schalch Escola de Engenharia de São Carlos/Universidade de São Paulo

Resumo

Apesar da redução granulométrica estar relacionada à aceleração da decomposição aeróbia da matéria orgânica devido ao aumento da área de contato do resíduo com os micro-organismos, triturar os resíduos sólidos orgânicos (RSO) antes de compostá-los pode ser um trabalho dispendioso e que demanda equipamento adequado. O objetivo desse estudo foi verificar se a trituração da fração orgânica dos resíduos sólidos domiciliares (FORSD) influencia na qualidade do composto final e no tempo de processo quando este é realizado em composteira de alambrado. Foram construídas duas composteiras cilíndricas em alambrado com capacidade volumétrica de 1,13 m3, sendo uma preenchida com FORSD triturada (575,74 kg base úmida) e outra com FORSD não triturada (500,65 kg base úmida), além de serragem e grama. A proporção em base seca de resíduos sólidos orgânicos em ambas as composteiras foi 62,25% de FORSD, 27,75% de serragem e 10,00% de grama. Os parâmetros físico-químicos de umidade, carbono e nitrogênio foram monitorados na massa em digestão e aferidos no composto final. Durante 120 dias de compostagem, os tratamentos não apresentaram diferenças estatísticas em relação aos parâmetros avaliados e os compostos finais atenderam aos padrões normativos (Instrução Normativa 25/2009 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Conclui-se que não houve vantagem em adotar a trituração para o caso de um preenchimento intermitente na composteira de alambrado, visto o trabalho despendido na trituração e a pouca diferença de resíduos adicionados a mais.

Biografia do Autor

Carolina Ibelli Bianco, Escola de Engenharia de São Carlos/Universidade de São Paulo

Departamento de Engenharia Hidráulica e Saneamento (EESC/USP).

Área de resíduos sólidos.

Júlia Inforzato Guermandi, Escola de Engenharia de São Carlos/Universidade de São Paulo

Associação Veracidade (São Carlos-SP)

Área de resíduos sólidos.

Valdir Schalch, Escola de Engenharia de São Carlos/Universidade de São Paulo

Departamento de Engenharia Hidráulica e Saneamento (EESC/USP).

Área de resíduos sólidos.

Publicado

2017-06-20