ESTUDO COMPARATIVO DO LIXIVIADO GERADO PELO RESÍDUO ORGÂNICO, ELETROELETRÔNICO E PELA MISTURA EM UMA SIMULAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO
Resumo
Com o crescimento populacional e o consumo desenfreado de bens, diariamente são dispostas toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) em aterros sanitários, no geral sem a segregação prévia. Como produto desta disposição tem-se a geração de lixiviado, vulgarmente denominado chorume, que é o líquido produzido pela decomposição da matéria orgânica que é altamente tóxico ao meio ambiente. Com o advento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) tornou-se obrigatória a segregação dos resíduos, em especial de resíduos eletroeletrônicos, com o intuito de amenizar a carga poluidora do lixiviado produzido nos aterros que tornam-se passivo ambiental. Nesse sentido, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a produção de lixiviado utilizando diferentes resíduos sólidos dispostos em aterros sanitários para avaliar a composição físico-química. Para tanto o projeto foi desenvolvido em escala piloto utilizando lisímetros, simulando assim as características de um aterro sanitário em escala real. Utilizaram-se para a simulação 6 (seis) lisímetros preenchidos com resíduos sólidos orgânico, eletroeletrônico e a mistura. O lixiviado produzido desta simulação foi analisado utilizando parâmetros físico-químicos durante 14 (quatorze) semanas. Com os resultados obtidos a partir das análises laboratoriais verifica-se que houve diferença de degradação entre os lisímetros em função dos resíduos dispostos. Os lisímetros contendo apenas resíduos eletroeletrônicos apresentaram valores de matéria orgânica inferiores em comparação aos que possuíam resíduo orgânico. Assim, percebe-se que os resíduos eletroeletrônicos não possuem capacidade de degradação a curto prazo, diferente de resíduos orgânicos, necessitando, portanto, de um tratamento diferenciado.
Palavras-chave: Resíduos sólidos; Lixiviado; Aterro sanitário.
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Instituto Venturi Para Estudos Ambientais